
O Sling, técnica que consiste em utilizar um pedaço de tecido extenso para carregar a criança, vem ganhando cada vez mais popularidade por facilitar o dia a dia dos pais com os pequenos.
Segundo muitos estudos, o contato pele a pele estimula a amamentação, regula a temperatura corporal, aumenta o vínculo emocional, aumenta a segurança e a tranquilidade, facilita a digestão do bebê por conta da posição, melhora a eliminação de gases e o tratamento do refluxo, e ainda acalma e melhora o sono do neném.
Posso carregar o bebê de frente para o mundo no sling?
Carregar o bebê virado para frente torna mais difícil responder aos estímulos dele. Sem contato visual é mais difícil interagir com ele, verificar suas vias aéreas e perceber suas necessidades. De acordo com estudos, até mesmo quando a criança está no carrinho virada de frente interfere na capacidade interativa.
A posição flexionada que um bebê assume no peito de sua mãe, quando de frente para ela, é mais eficiente na conservação de calor do que quando o peito está exposto. O bebê também tem mais células de gordura (isolamento) do lado de trás do que na frente.
9 motivos para não carregar o bebê de frente no sling
Quando o sling é usado de maneira incorreta, pode prejudicar tanto a criança como o adulto, criando problemas físicos e cognitivos para o pequeno. Veja porque não fazer isso:
1. Não suporta as pernas do bebê
A parte superior das pernas do bebê deve ser puxada até o nível do quadril, sendo possível apenas quando o tecido cobre toda a parte de trás da coxa até a parte de trás do joelho ou ainda se o transportador tiver apoio para os pés.
Quando o bebê está virado para frente, suas pernas não têm suporte e a coluna e quadril do pequeno são suportados juntos e ele não tem um lugar para “sentar” de forma correta e encaixando com o corpo do adulto.
2. Dificuldade no transporte
Estando de frente para o mundo, para o adulto é mais desafiante carregar a criança, pois seu corpo não tem o encaixe, fazendo com que o corpo fique arqueado nas costas para compensar a curvatura, causando sérios problemas a médio e longo prazo.
3. Costas arqueadas e pressão sobre a coluna vertebral
Colocar o bebê de frente para o mundo e de costas para o adulto no sling é fazer com que ele estique a curva naturalmente arredondada da coluna e tendo músculos abdominais fracos e ossos retraídos, a pélvis da criança acaba se inclinando para trás e é forçada a carregar o peso do corpo e ainda absorver a força de cada passo que o adulto dá, comprometendo sua coluna vertebral.
4. Pressão invertida sobre a virilha
Com a posição virada para frente, o bebê fica suspenso por suas partes mais sensíveis como coxas, e isso pode irritar o corpo do pequeno, principalmente os meninos.
5. Estímulos em excesso
Estar em contato com todos que passam pode ocasionar excesso de estímulo para o bebê e agitar seu desenvolvimento com muitas informações, além de que isso pode fazer com que ele tenha contato e influência de pessoas que possam oprimir seu desenvolvimento.
6. Peso da cabeça ou pescoço
A asfixia posicional é quando o bebê não tem controle do seu pescoço e seu queixo cai em direção ao colo, comprometendo as vias respiratórias da criança.
A comissão de segurança dos produtos consumidos nos Estados Unidos aprovou uma lei em que os rótulos de advertência, de transportadores para a frente, devem indicar que os bebês não devem ficar para fora até que tenham o controle total da cabeça e pescoço.
A lei não se aplica para crianças dormindo, mesmo que eles não tenham o controle da cabeça e pescoço, isso pode prejudicar gravemente o crescimento do bebê.
7. Regulação térmica
A posição flexionada em que o bebê assume o peito do adulto, quando está de frente para quem o carrega, é mais eficiente na conservação do calor do que quando a criança fica exposta. O bebê também tem mais células de gordura (isolamento) do lado de trás do que da frente, é por isso que carregar de costas para o mundo é mais seguro.
8. Respostas de estímulos
Sem o contato visual, do bebê no sling com o adulto, fica quase impossível responder a estímulos que o pequeno envia, como verificar vias aéreas e necessidades momentâneas quando está sendo carregado.
9. Centro da gravidade
Na grande maioria das vezes, os dedos indicadores do adulto ficam de fora para que o bebê possa agarrar e se estabilizar, ou ainda apoiar as pernas do bebê levantando-as para frente criando um centro de gravidade para a criança.
Sem isso, a tendência é que o bebê arqueie as costas sobre o peso do seu próprio corpo e o adulto carregue um peso maior arqueando a espinha e causando dores nas costas.
Carregue de forma ergonômica
Os estudos já comprovam que carregar de frente para o mundo é prejudicial para a criança como também para o adulto, por todos os motivos que citei aqui.
Quando ele fica virado para ela, com as perninhas e bracinhos de frente com ela, a postura do bebê fica ereta e da mamãe também. O que não acontece quando o bebê está virado para frente, pois o peso acaba fazendo com que a mamãe se encurve, causando dores nas costas e na lombar.
Por isso, antes de comprar um sling, verifique a ergonomia, pensando no bebê e nas pessoas que irão carregá-lo, como também no tecido e formato do sling para que possa ser usado nos primeiros anos de vida da criança com segurança para todos.
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