Confortáveis e práticos, os carregadores ergonômicos, conhecidos como sling, são feitos para facilitar o dia a dia na rotina com o bebê. Com benefícios comprovados – entre eles o de permitir que o bebê fique na posição vertical após as mamadas – os slings vêm ganhando cada vez mais adeptos no mundo.
Além da praticidade, eles estreitam os laços entre pais e filhos. “A proximidade de estar perto da pele da mãe ou do pai gera um vínculo maior com o filho”, ressalta Mariana Nudelman, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, em uma entrevista para o site Bebê da Abril.
Sling e teoria do apego
O psicólogo, psiquiatra e psicanalista britânico John Bowlby foi o primeiro pesquisador a formular a chamada teoria do apego. Segundo ele, desde o nascimento, o ser humano tem uma necessidade de se relacionar com outras pessoas que ele escolhe e que não depende de nenhuma pulsão.
Nesse sentido, o apego é um intenso vínculo desenvolvido pelo bebê com uma única pessoa, geralmente a mãe, e que é mantido constantemente. A separação do bebê da figura do apego faz ativar um comportamento padrão: protesto, desesperança e, se durar mais tempo, desapego. Portanto, a teoria estabelece que o apego oferece um desenvolvimento correto ao bebê. Por isso, é importante que ele tenha essa figura à disposição, para se sentir seguro e estimulado.
O que é um carregador de bebê ergonômico?
É fundamental que a espinha, pelve e quadril do seu bebê estejam apoiados de forma adequada. E para isso alguns pontos devem ser observados:
Coluna
A coluna da criança não deve estar excessivamente ereta para que esteja apoiada corretamente. O ideal é que fique em uma curva “C” natural, posição próxima da mantida dentro do útero por 9 meses.
Quando a criança é colocada em um carregador que a deixa ereta demais isso acaba forçando a parte inferior da coluna.
Joelhos e quadril
Um carregador de bebê ergonômico vai deixar a criança com os joelhos flexionados e acima do nível do quadril, na posição chamada de “M”. Isso vai garantir que o quadril fique firme dentro do encaixe do carregador e, assim, o peso da criança será distribuído de maneira uniforme.
Um carregador não ergonômico ou na posição voltada para frente vai fazer com que o peso do bebê seja apoiado nas articulações do quadril, o que é preocupante de maneira geral, mas especialmente se a criança possui displasia do quadril.
Cabeça
Bebês muito pequenos não possuem controle completo da cabeça. Além disso, mesmo os maiores quando adormecem no carregador ficam com o pescoço “solto”, sem firmeza na cabeça. Pensando nisso, o carregador ergonômico irá dar suporte para a cabeça do bebê, garantindo que não aconteçam lesões cervicais.
Para ter uma noção do ajuste correto do carregador em relação ao corpo do cuidador, a indicação de altura adequada é aquela que permite que a cabeça do bebê seja beijada sem esforço. Isso deve ser ajustado a partir das alças, variando conforme a pessoa que leva a criança (pois cada uma terá um tipo físico diferente).
Por que é importante escolher um carregador de bebê ergonômico?
Carregar o bebê é algo com inúmeros benefícios para a criança e seu cuidador. Entre eles:
- Favorece a formação de vínculo;
- Facilita o contato pele a pele, especialmente importante no período conhecido como exterogestação (3 meses após o nascimento do bebê);
- Deixa as mãos do cuidador livre para desempenhar outras atividades ou até dar atenção para outra criança mais velha;
- Permite colo e aconchego sem que a coluna do cuidador seja sobrecarregada;
- Possibilita praticidade em passeios e saídas em família.
Tipos de carregadores e suas diferenças
Alguns carregadores são mais conhecidos como Canguru, Sling de Argola, Wrap Sling, Mei Tai e Mei Tai Evolutivo.
CANGURU
O grande problema deste carregador é a forma como a criança senta. O bebê fica pendurado por sua genital e isso pode causar sérios danos posteriores.
SLING DE ARGOLA
Trata-se aqui de um dispositivo feito de tecido e com a presença, como o nome indica, de argolas para que se possa ajustá-lo de acordo com o tamanho do bebê.
Contudo, o ponto negativo desse modelo é que o mesmo pode acabar prejudicando a coluna de quem o usa, pois concentra todo o peso em um único ombro.
WRAP SLING
Em inglês, wrap significa amarrar, sendo o nome uma metáfora para o modelo, em vista do que ele faz.
Aqui, a grande vantagem é que ele de fato enrola os cuidadores, assim como os bebês, de modo que diferentemente do anterior o peso da criança é dividido entre os dois ombros e outras partes do corpo, prezando pelo equilíbrio.
MEI TAI
Em relação ao Mei Tai, ele também tem como ponto positivo a melhor distribuição do peso do bebê, visto que o mesmo é amarrado nos ombros e na cintura dos cuidadores.
Outro ponto em comum é que ele também demanda tempo para ser colocado e requer certa habilidade e prática de quem o utiliza.
Nesse sentido, a grande diferença dele para o Wrap Sling é que o Mei Tai apresenta uma base mais larga, que é melhor para o apoio da criança e que ficará na mesma posição citada anteriormente.
MEI TAI EVOLUTIVO
O nome indica, é uma variante do Mei Tai comum. A grande diferença de um para o outro é, portanto, a existência de reguladores para adequá-lo a bebês menores.
Enquanto o Mei Tai comum é indicado para crianças de 6 meses em diante, o Mei Tai Evolutivo pode ser usado desde o RN, dependendo do fabricante.
O Mei Tai evolutivo é sem dúvida a compra com melhor custo benefício, pois além de ergonômico você poderá utilizá-lo desde o nascimento do bebê até o peso de 22 quilos.
Para carregar o bebê
Com essas dicas, fica mais fácil você saber sobre a ergonomia e qual o mais indicado para usar com o bebê, sem prejudicar seu desenvolvimento tanto físico como emocional ao usar o sling.
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